⁸ Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?
Miqueias 6:8
Um dos tópicos fortes do antissemitismo é a ideia errada de que os judeus foram "escolhidos" por Deus e que essa circunstância os torna favorecidos perante o Criador.
A religião judaica, contudo, ao contrário de outras tradições religiosas tribais (Xíntoísmo no Japão, Hinduismo da Índia, etc.), admite conversões. Algumas das figuras mais influentes do Povo Judeu são convertidos. Quem se converte passa a ser um judeu de pleno direito, pelo que cai pela base qualquer suspeita de racismo e exclusivismo.
O episódio Bíblico de Adão e Eva (que encerra diversas leituras profundas, como toda a Bíblia) estabelece desde logo que a Humanidade descende de um Homem e uma Mulher primordiais e por isso todos os seres humanos são irmãos e rigorosamente iguais perante Deus.
O Judaísmo não busca converter ninguém, mas também não fecha as portas a quem se queira converter. No entanto, a religião judaica considera que a bem-aventurança não depende de se seguir uma religião específica, mas sim de se fazer a vontade de Deus.
O Judaísmo afirma que um não-judeu que estuda a Bíblia (a Torá/A Lei) tem tanto mérito como o Sumo-Sacerdote do Templo Sagrado de Jerusalém.
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O equívoco dos que se indignam com o conceito de "Povo Escolhido" é compreensível (conquanto contraditório, pois as mesmas pessoas reconhecem que a Bíblia é a Palavra de Deus).
A generalidade das pessoas desconhece, no entanto, que a Bíblia/Torá comporta várias interpretações, várias camadas cada vez mais profundas de significado. A exegese usa o acrónimo PARDES para resumir o processo de interpretação Bíblica.
O Talmude, ou Lei Oral, é o aprofundamento, a explicação e o estudo sistemático da Bíblia/Torá (segundo a tradição, Moisés recebeu de Deus a Lei Escrita e a Lei Oral).
Ler a Bíblia à letra, sem o devido enquadramento, redunda em lamentáveis equívocos. O do Povo Escolhido é um deles - confira:
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