A morte de Khalid al-Misslam (esquerda) ocorre dias após a morte do reverenciado jornalista de futebol Grant Wahl (direita).
Um segundo jornalista morreu em circunstâncias suspeitas durante a cobertura do Mundial de 2022 no Qatar, dias após a morte do jornalista desportivo americano Grant Wahl.
Khalid al-Misslam, jornalista qatariano da Al Kass TV, “morreu repentinamente”, informou o Gulf Times. “Acreditamos na misericórdia e no perdão de Alá e enviamos as nossas mais profundas condolências”, diz a notícia.
Não há mais informações sobre as circunstâncias da sua morte.
Wahl, um dos jornalistas de futebol mais conhecidos, morreu depois de “adoecer” perto do final de um jogo dos quartos de final do Mundial da FIFA entre Holanda e Argentina na sexta- feira, disse um porta-voz do Qatar.
De acordo com uma testemunha ocular, Wahl estava a rir e a confraternizar com colegas minutos antes da sua morte repentina.
No início do torneio de futebol, Wahl havia sido impedido de entrar no estádio por usar uma t- shirt LGBT com as cores do arco-íris.
'O Qatar matou-o': morreu o jornalista americano Grant Wahl, detido por causa de t-shirt com arco-íris'
Grant explicou como foi detido:
Eric Wahl anunciou a morte do seu irmão, no Instagram, num vídeo emocionante no qual ele alegou crime. “Eu sou gay. Eu sou a razão pela qual ele vestiu a camisa do arco-íris no Campeonato do Mundo”, disse Eric Wahl.
“O meu irmão era saudável. Ele disse-me que recebeu ameaças de morte. Não acredito que o meu irmão tenha morrido de morte natural. Acredito que ele foi morto e estou a implorar por qualquer ajuda.”
Os organizadores do Mundial do Qatar, o Comité Supremo de Entrega e Legado (SC), prestaram homenagem ao “enorme amor pelo futebol” de Wahl e ofereceram condolências à família, amigos e colegas da Imprensa. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, disse no Twitter que o departamento estava em estreita comunicação com a família de Wahl.
Traduzido de:
Dentre as centenas de jornalistas de guerra que morrem, uma jornalista árabe morreu recentemente em Israel, durante uma troca de tiros entre soldados israelitas e terroristas islâmicos. O Mundo tremeu. O Nuno Markl escreveu cartas abertas. Mas a morte destes dois jornalistas (até agora) não interessa a ninguém, porque não serve como arma contra Israel.
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