O Dalai Lama vivia na cultura popular como símbolo da Felicidade e da Virtude. Resta o João Baião.
Nunca ninguém se incomodou muito com os abusos sexuais, os assassinatos ou os milhões inexplicáveis nas contas de charlatães como o Sai Baba, o Osho e tantos outros. É o que se espera de um guru comercial que se preze.
Com o Dalai Lama, a coisa é diferente. Ele é a figura de referência para qualquer pessoa que se considere "espiritual". Ele é o líder religioso que qualquer pessoa pode admirar, sem sentir vergonha de parecer religiosa.
O Budismo é uma religião ateísta, fundada por um jovem privilegiado que renegou a riqueza familiar para ir sentar-se debaixo de uma árvore sem fazer nada, "olhando para dentro", esperando a "Iluminação" e vivendo de esmolas.
Qualquer militante do Bloco de Esquerda, do Livre ou do PAN, pode, portanto, afirmar-se budista. Não é por acaso que é a religião da moda entre as pessoas "woke".
O Buda foi reciclado como role-model hippie/esquerdalho.
Desde o obscuro Século das Luzes que a narrativa oficial revolucionária tem usado as religiões orientais para fazer um contraponto desfavorável em relação ao Cristianismo, reduzido às Cruzadas, à Inquisição e aos padres abusadores sexuais de crianças.
E o Islão?
Por mais modernaço que o jovem bloquista seja, não tem coragem de se converter ao Islão, pois sabe que, a breve trecho, a lei islâmica o puniria severamente pelo seu estilo de vida - drogas, álcool, sexo não convencional, etc..
Além disso, o Islão é uma cópia (ainda que cómico-macabra) da Bíblia e implica, de certa forma, o Deus que a ateísta Esquerda tanto odeia.
Em contrapartida, meter um colar de contas da madeira ao pescoço e dizer-se budista é fácil e não acarreta riscos. E tem sempre o seu Dalai Lama, compassivo, misterioso e exótico, para ostentar como símbolo da sua infinita sofisticação e superioridade moral e intelectual.
Ou tinha, até esta semana.
Em plena época de perseguição cega e de má-fé contra o clero católico, a figura máxima do Budismo protagonizou esta semana o ascoroso episódio que assinala não apenas a queda de um homem, mas da velha falácia da superioridade absoluta do Oriente "espiritual" sobre o Ocidente "materialista".
A Esquerda ficou um bocadinho mais orfã esta semana.
Nota sem qualquer ironia - Não temos absolutamente NADA contra o Buda, os budistas ou os Santamaria (os Ace of Base portugueses), a quem desejamos continuação de muito sucesso; esta canção serve apenas para ilustrar a importância que o Dalai Lama tinha na cultura popular:
Dalay LamaSanta Maria
Só você me faz renascerPela paz, pela vida que eu quero viverVocê é assim, você é meu guardaMeu bom anjo, meu dia simVocê é assim, você é a bondade que Deus tem!Nananana, olá! Dalay Lama (encore)Só com você a vida ganha corÉ demais, na terra, no mar, no céu nasce o amorVocê é assim, você é meu guardaMeu bom anjo, meu dia simVocê é assim, você é a bondade que Deus tem!Nananana, olá! Dalay Lama (encore)
Reagindo à queda da sua referência "espiritual", a Esquerda apontou baterias... à Igreja Católica:
"A partir do momento em que até o Dalai Lama está envolvido num escândalo deste tipo, penso que está na altura de fecharmos o planeta, e tentarmos tudo outra vez. Por mim começamos a partir da época dos dinossauros, e vai-se daí para a frente, para também não se perder muito tempo. Mas com uma civilização diferente, a ver no que dá. E é melhor fazermos já, antes que saia a notícia que já todos sabemos que vai sair, só não sabemos quando: a de que enquanto o Papa Francisco está na varanda da Basílica de São Pedro a falar aos crentes que estão lá em baixo na praça, tem sempre um acólito para lhe chuchar no dedo grande do pé."
Só num regime culturalmente sequestrado pela extrema-esquerda um indivíduo que escreve estas imbecilidades deslavadas consegue ter escancaradas todas as portas da fama e da fortuna.
- Texto de M. B. A. para o Amigo de Israel.
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