segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O Caso Marega... e os outros!

1. O caso Marega
  
Durante a partida Guimarães x Porto, ontem à noite: Marega (Porto) marca golo e corre para a bancada do Guimarães a mostrar a cor da pele. "Defendendo a cor da sua pele", disse ele depois. 
Os adeptos do Guimarães terão respondido imitando macacos. Marega mostrou-lhes os dedo médios, como pode ver-se na foto acima.
O avançado portista disse, no entanto, que desde o início do jogo foi alvo de insultos racistas.
O vídeo divulgado confirma insultos (banais no futebol) como "AZEITEIRO", "FILHO DA P***" e "BURRO"



Só que foi mais que isto. Houve mesmo imitação de macacos quando Marega tinha a bola - vimos agora mesmo na TV. Contamos postar aqui o vídeo quando estiver disponível.



"Sou vimaranense e vitoriano. Estou chocado e desgostoso com o comportamento de adeptos do meu clube. A imagem do meu clube foi manchada bem como a minha terra. Queria no entanto dizer, que não admito que digam mal de Guimarães e do Vitória por causa deste tristíssimo acontecimento. Maus adeptos há em todos os clubes, não são um exclusivo de Guimarães. Vejo aqui comentários odiosos que visam atacar deliberadamente a minha terra. Pelos vistos, também andam por aqui alguns inergúmenos!"
Comentário Youtube
2. Os jornalistas também marcam golos...
Acompanhámos a partida de ontem pela Antena 1, rádio massivamente comunista (abrimos uma excepção para a bola). Os comentadores (verdadeiras enciclopédias desportivas) afirmaram "não se lembrarem de ter visto tal coisa acontecer" e acrescentaram que era "sinal dos tempos".
São militantes da extrema-esquerda e jornalistas da bola; coerentemente, viram a baliza aberta e remataram para golo. 
Já adivinhávamos que Portugal seria hoje sacudido por um terramoto de indignação muito conveniente. E assim foi. Até parece que estas coisas são inéditas.
Nem vamos fazer uma resenha sistemática, mas ouça aqui adeptos do Benfica imitando macacos enquanto Hulk (Porto)  tem a bola:

Esta é para nós muito intrigante. É que nós, portugueses, costumamos ser mais ou menos da mesma cor de pele do Hulk. Se os guinchos de macaco são por razões epidérmicas, os guinchadores andam confusos.


Do Benfica para o Porto: Ouça aqui o conhecido "Macaco", líder da claque Super Dragões (Porto) a dirigir insultos racistas (com megafone) a Jean-Pierre Nsame, dos Young Boys, enquanto o camaronês marca o penalty:


Ou clique na imagem: 

https://twitter.com/SPORTTVPortugal/status/1174764569203335169


Do Sporting lembramos, por exemplo, a claque neo-nazi 1143, e a polémica das famosas "imagens conectadas ao fascismo", que, bem ou mal, deram que falar há uns anos:


Para além destes casos, poucos clubes estarão totalmente limpinhos de nódoas deste tipo, quanto mais não seja porque uma franja de adeptos "ultras" (ultra-acéfalos, alguns) gostam de imitar o pior que vem da Europa.

3. O caso Renato Sanches
25 de Abril de 2016: Adeptos do Rio Ave imitam sons de macacos quando Renato Sanches (Benfica) sai do campo.
O jogador reage sorrindo e imitando os gestos de um macaco.
O acontecimento foi registado pela organização Observatório da Discriminação Racial no Futebol.
Pode ver no vídeo abaixo, a partir do minuto 1:00:



Renato Sanches reage a racismo fingindo que é um macaco

Renato Sanches foi alvo de insultos racistas no final do encontro Rio Ave - Benfica. Renato decidiu sorrir e, de forma irónica, agitar os braços tal como um macaco.
SÁBADO


Renato Sanches sorriu e desprezou provocações racistas

O JOGO



Renato Sanches alvo de provocações racistas

Médio dos encarnados respondeu ao sucedido de forma irónica

Nota: aparentemente o título original era "Renato Sanches Alvo de Sons a Imitar Macacos":
https://www.record.pt/futebol/futebol-nacional/liga-nos/benfica/detalhe/renato-sanches-alvo-de-sons-a-imitar-macacos
Terão talvez alterado o título para não magoar (ainda mais) o jogador.


 

Grande resposta de Renato Sanches a insultos racistas




Como Renato Sanches reagiu às provocações racistas

RECORD



4. A multa de... 536 euros, um ano depois!

Foram estes os insultos a Renato Sanches que valeram uma multa... quase um ano depois

RECORD




No caso dos insultos a Marega fala-se em penas de prisão de 6 meses a 5 anos...

5. O caso Nelson Semedo


Nélson Semedo alvo de "insultos e comentários racistas"

Gesto no Vitória de Guimarães-Benfica foi provocado por comentários vindos da bancada.

O lateral encarnado fez um gesto em direção à bancada, provocando a ira dos homens da casa, que responderam com arremessos de cadeiras para o relvado. Segundo o jornal A Bola, tudo terá começado com provocações vindas, precisamente, das bancadas.
A publicação cita fonte próxima do internacional português, que assegura que a sua reação foi espoletada por “insultos e comentários racistas” por parte dos adeptos do Vitória de Guimarães.
Ainda assim, Nélson Semedo não pretende apresentar qualquer tipo de queixa, faltando agora saber se o incidente será incluído no relatório do árbitro, o que poderia levar a um castigo ao emblema vimaranense.
DESPORTO AO MINUTO







Agora veja bem como é que os jornalistas trataram este caso, e compare com a Tempestade Marega, que há 24 horas fustiga Portugal, com picos de intensidade máxima no Parlamento:


Nelson Semedo é insultado de "macaco", manda calar a claque do Guimarães, leva com cadeiras, é admoestado pelo árbitro e os jornalistas dão-lhe uma medalha de lata e sentenciam-lhe que "o cliente tem sempre razão" e que "o jogador só deve interagir com o público para agradecer aplausos".
Marega recebe uma (merecida) medalha de outro dos mesmos jornalistas, porque "alguém teria de dizer basta". Mas o Nelson Semedo também disse "Basta!"...
Ou seja: enquanto o "racismo" não era o fulcro da Política, ligava-se de menos a estas cenas tristes nos campos de futebol. Agora que é moda, é ver os mesmos políticos e jornalistas a declararem que há "racismo estutural" em Portugal.

6. Mais casos de racismo no futebol que não deram que falar


"Os insultos dirigidos ao avançado maliano Moussa Marega no domingo, no encontro entre FC Porto e ao Vitória de Guimarães, da 21.ª jornada da I Liga, compõem o mais recente episódio de racismo associado ao futebol.
O antigo jogador dos minhotos ouviu cânticos discriminatórios vindos das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques e pediu para ser substituído ao minuto 71, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado que se manteve até ao apito final.
Moussa Marega, de 28 anos, juntou-se a uma longa lista de jogadores que já se viram envolvidos em episódios racistas ao longo dos anos, tornando-se mesmo o primeiro jogador a sair de uma partida de futebol por vontade própria em solo português.
O último caso do género no escalão máximo deu-se em novembro de 2017, quando o Sporting de Braga foi punido com um jogo à porta fechada e uma multa de 22.950 euros devido aos atos discriminatórios dos adeptos no triunfo sobre o Desportivo das Aves (2-0), em 20 de agosto, da terceira jornada da I Liga, numa decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) revertida em janeiro de 2018.
Menos sorte junto da mesma instância teve o Rio Ave, que enfrentou uma coima de 536 euros em março de 2017, onze meses após cânticos racistas proferidos contra o médio Renato Sanches, que ajudou o Benfica a vencer (1-0) na 31.ª ronda do campeonato.
O Leixões, da II Liga, é o clube português mais reincidente nesta matéria, pois pagou 16.421 euros em março de 2016 e foi obrigado a arrancar a época seguinte com dois jogos sem público, por causa das ações dos adeptos na visita ao Desportivo das Aves (0-1) e nas receções ao Farense (1-1) e Oriental (3-3).
Três anos antes, em abril de 2013, a FPF determinou que os matosinhenses defrontassem os avenses à porta fechada, na 35.ª jornada da II Liga, aplicando a primeira pena em Portugal por comportamento racista dos adeptos, a partir dos incidentes verificados na receção ao Belenenses (1-1), da 11.ª ronda, em 27 de outubro de 2012.
A sanção aplicada ao Leixões assentou na violação do artigo 113.º do Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que pune "comportamentos discriminatórios em função da raça, religião ou ideologia", mas foi suspensa com uma providência cautelar aceite pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa.
O racismo também chegou ao futebol feminino e a avançada norte-americana Shade Pratt revelou ter sido vítima de ofensas de uma adepta do Cadima na goleada imposta pelo Sporting de Braga em Cantanhede (7-0), em 13 de outubro, na terceira jornada da I Liga.
As minhotas expuseram o caso à FPF, cujo Conselho de Disciplina suspendeu por 30 dias as jogadoras Maria Malta e Catarina Lopes, do A-dos-Francos, por insultos racistas dirigidos à brasileira Milena Bispo, do Boavista, na derrota da 19.ª jornada (3-2)". (...)
TSF

7. Conclusão
Na nossa opinião, Marega fez muito bem em abandonar o campo e é compreensível a sua reacção exaltada. "Sentiu-se uma merda" - ele o disse. E compreende-se.
Mas esta mudança drástica na justiça desportiva, no comentarismo desportivo, no Parlamento,  a que será devida?
Aproveitamento político, pois a famosa "política de identidade" e o "interssecionalismo" estão a ser promovidos pela extrema-esquerda, na velha estratégia de "dividir para reinar".
Há muito que falamos disto. A nova estratégia da extrema-esquerda (que dá votos) passa por criar e alimentar grupos de vítimas e descontentes, para acicatar ódios contra o sector conservador, acusado de trazer todo o Mal ao Mundo.
É lamentável que se usem as pessoas e a sua dignidade para fins político-partidários. A dignidade humana deve ser uma causa de todos e não deve ser instrumentalizada.
Não nos parece que eles tenham realmente  compaixão de Marega pela humilhação que o jogador passou. Estão ao nível dos insultadores racistas que despejam as suas frustrações num campo de futebol.


"Ninguém fala em racismo quando se vê um grupo de jovens de raça negra a espancar uma jovem de raça branca, por exemplo. Isso acontece frequentemente nas escolas da capital. Polícias ameaçados na cova da moura, motoristas agredidos em Massamá, e ninguém fala em racismo. Médicos e enfermeiros agredidos (muitas vezes por parte de membros de etnia cigana) e o racismo também se encontra "ausente", nestes casos. A hipocrísia dos media e dos partidos de esquerda é mais do que evidente".
"Nao há preto nem branco. Há pessoas! Só pessoas! A escumalha da esquerda é que cria estes problemas".
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