“Os judeus húngaros são malucos, como eu. Aceitam tudo”
Isto só pode espantar quem não conhece a História. O Nazismo, ou comunismo alemão, assassinou milhões de judeus e centenas de milhar de ciganos industrialmente. Os bárbaros do Leste levavam-nos simplesmente para a floresta, obrigavam-nos a abrir a vala comum, fuzilavam-nos e tapavam. Muito mal, aliás, porque nos dias seguintes a terra aparecia revolta, com as convulsões desesperadas dos que haviam sido mal mortos e enterrados vivos.
Os judeus e os ciganos, no Leste, continuam enterrados vivos, debaixo da bestialidade do ódio. Na Europa civilizada, as luzes estão a apagar-se, paulatinamente, na caminhada cada vez mais evidente para a islamização. No Leste, o Comunismo refloresce com outras cores. E volta a explodir sobre os mais fracos, os que estão em menor número. A sede de sangue dessas bestas humanas alastra, e faz vítimas. Urge providenciar a essa gente a possibilidade de deixar essas terras sem Lei nem Deus.
Cá em Portugal, o ódio atávico aos judeus, aos ciganos e a todos os que de alguma maneira são diferentes, também voltou. A Internet veicula novas e velhas teorias da conspiração. É porta de retrete onde os seres mais vis gravam a canivete todas as suas taras - incluindo o ódio.
Militante dos neonazis húngaros do Jobbik
Jobbik, ultras e caçadores húngaros de ciganos e judeus
El Pais, 12 de Maio de 2013
O partido de extrema direita conseguiu em apenas dez anos tornar-se um dos mais bem sucedidos da União Europeia.
Um seguidor de Jobbik numa manifestação contra o Congresso Mundial Judeu a 4 de Maio em Budapeste. / LASZLO BELICZAY (EFE)
Grande parte do oxigénio para a extrema direita poder continuar a bombear o ódio, vem de escândalo e da provocação. O Congresso Mundial Judaico, que escolheu Budapeste para avisar do crescente anti -semitismo na Hungria, foi uma oportunidade que o partido extremista Jobbik espalhar as suas teorias de conspiração. (...) O seu líder Gábor Vona, perorara contra Israel e Márton Gyöngyösi, o seu vice, pediu ao Parlamento que fossem feitas "listas de judeus" porque representam "um perigo para a segurança nacional", proclamando perante 400 fiéis: "O nosso país está subjugado ao sionismo. Estamos colonizados. Nós, os nativos, só temos o papel de figurantes."
A iconografia nazi de regresso.
Em apenas dez anos, o Jobbik tornou-se um dos movimentos de extrema direita mais bem sucedidos na Europa, juntamente com a Aurora Dourada, na Grécia, é a terceira força política na Hungria, tem 43 deputados em 386 e três dos seus membros têm assento no Parlamento Europeu, ainda que sejam "Eurofóbicos".
Uma das suas inspirações internacionais é o Irão. A retórica anti-semita não é, no entanto, o que lhes traz mais lucro. A grande obsessão do Jobbik são os ciganos, que representam, de acordo com estimativas diferentes, entre 8% e 10% dos dez milhões de húngaros (...)
A população aplaude os nazis. O Jobbik, abertamente nazi e islamista, tenta cativar Gert Wilders e Marine Le Pen para o seu lado.
A crise económica que afecta a União Europeia é um incentivo para germinar este tipo de movimentos, mas essa é apenas parte da explicação. O Jobbik estava lá antes. Como Krekó nota, "as raízes de sua origem também estão na crise política e institucional na UE. Os partidos tradicionais perderam sua credibilidade", diz ele, acrescentando que muito longe da imagem de pessoas frustradas e com pouca educação - que as há também - "a base do Jobbik é jovem, do sexo masculino, de classe média alta e muitos frequentam a faculdade" . A popularidade do partido, segundo dados de Abril de 2010, é de 17% dos eleitores.
Os colonos maometanos na Hungria, vieram agravar o anti-semitismo:
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.