A propósito de um novo episódio de violência junto à escola Seomara da Costa Primo, na Amadora, escreve um leitor na caixa de comentários do
Público:
«o Nzingalis vai acontecer, quer os tugas queiram, quer não. Já há apoio
político, apoio social e jurídico. Só falta algum apoio militar. Vamos
vencer.»
Como não fazíamos ideia do significado de tal palavra, fomos ver de que se tratava. A concretizar-se este projecto, teremos
que começar a ceder território a este grupo supremacista, terrorista e racista, como faz Israel em relação aos «palestinianos». E daqui a uns anos, a ver pela taxa de natalidade orgulhosamente exibida pelos «nzingalistas», teremos que lhes dar lugar. O paralelo parece-nos perfeito.
E sabeis o mais engraçado? É que há-de haver gente a ler este post e a concluir que EU sou o racista! Como o Robert Spencer. Foi o ponto a que o politicamente correcto chegou!
Denominam-se Nzingalis e dele fazem parte alguns africanos de
segunda geração. E porque acreditam que a raça negra será a dominante
daqui a 50 anos na área metropolitana de Lisboa, querem um Estado
africano independente em Portugal chamado Nzingalis, em honra da rainha
angolana Nzinga e em homenagem a Lisboa.
Um site (www.blackmind.com/hosting/nzingalis) é a porta
de entrada para as aspirações destes jovens que escolheram a Internet
para divulgar as suas ideias. Assumem a criação de um Estado africano na
zona de Lisboa como uma inevitabilidade.
Um Estado, cujas fronteiras, a Sul, chegariam a Sesimbra/Setúbal, a
Este, a Benavente e Cartaxo e, a Norte, às Caldas da Rainha e Rio Maior.
No seu interior ficariam, naturalmente, Lisboa, Cascais, Sintra,
Setúbal, Almada e Torres Vedras.
Uma inevitabilidade que assumem por motivos de natalidade. Pelas suas
contas, bastarão menos de 50 anos para a região de Lisboa e vale do Tejo
se tornar «uma região de maioria negra». E, na lógica dos seus
argumentos, Portugal nada poderá fazer para limitar esse crescimento,
até porque também «já demonstrou que não consegue controlar a entrada de
um numero crescente de imigrantes africanos».
Citando o exemplo de Portugal em relação a Espanha e a determinação de
Portugal em conseguir a independência para Timor, os Nzingalis evocam o
direito de autodeterminação. Um direito que, para estes, será conseguido
a qualquer custo. «Será que os portugueses querem um novo "País Basco"
aqui em Portugal?», afirmam.
Mas não só. Os Nzingalis evocam apoios internacionais e lembram que «no
Kosovo, a NATO defendeu o direito dos Kosovares a uma pátria própria
apesar do território do Kosovo ser historicamente Sérvio».
E, se o mesmo não acontecer em Portugal, «nós temos os milhões de irmãos
afro-americanos nos Estados Unidos cuja influência nesta sociedade é
cada vez maior (...) que não deixarão de nos vir ajudar, caso seja
necessário».
O site tem vários links quer para partidos políticos portugueses,
com excepção do PSD e do PP, movimentos cívicos, como a SOS Racismo e a
Frente Anti-Racista ou ainda para «lutas irmãs», como é o caso do UÇK e
dos Curdos.
O Diário Digital tentou contactar os Nzingalis por e-mail mas não
obteve resposta. Contactou também a Frente Anti-Racista que não
comentou o assunto. O Diário Digital apurou que os movimentos que
defendem a criação de uma nação africana em Portugal são «acompanhados
há algum tempo» pelo Serviço de Informações e Segurança (SIS).
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