ISIS avisa: "Esperem pelo próximo"
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Os jihadistas compartilharam mais uma imagem ameaçadora de Notre Dame em chamas. Os investigadores de Paris acreditam que o incêndio de Notre Dame foi um acidente - mas as evidências dizem algo diferente.
Maxime Lépante, correspondente do Geller Report em França:
1) O trabalho de restauro não começou no telhado. Os andaimes ainda estavam a ser montados. O arquitecto-chefe dos Monumentos Históricos (Monumentos Históricos, a administração que mantém e conserta monumentos na França), Philippe Villeneuve, responsável pelo restauro da torre de Notre-Dame, afirmou: "Ainda não tínhamos começado, os andaimes ainda estavam a ser construídos".
2) Tudo foi feito para evitar qualquer fonte de calor perto da madeira do telhado. Nenhuma fonte eléctrica, nenhuma soldagem foi permitida. Assim, Philippe Villeneuve diz: “A hipótese de uma fonte de calor não é, portanto, a correcta”.
3) O chefe da empresa que construía os andaimes (Europe Echafaudage) (Europe Scaffolding), Julien Le Bras, foi entrevistado por uma TV francesa (BFM): “Tudo o que posso dizer, por enquanto, é que no momento do fogo, absolutamente nenhum dos funcionários da minha empresa estava presente no local ”.
4) Ele acrescentou: “Todos os procedimentos de segurança nas obras da Notre-Dame de Paris foram respeitados”.
5) Uma das minhas amigas enviou-me um email sobre a segurança no telhado da Notre-Dame. Ela tem um diploma em História da Arte e estudou na "École du Louvre" ("Escola do Louvre", onde os alunos aprendem História da Arte e processos de restauro): "Eu visitei a Notre Dame com arquitectos da" Bâtiments de France" ("Edifícios da França", o posto mais alto de um arquitecto em França, há alguns anos. Esta estrutura de madeira do século 13 estava extremamente protegida. Cada intervenção é sempre acompanhada por historiadores, arquitectos, especialistas; nenhum trabalho é previsto sem extrema cautela; nenhuma fonte de calor, nenhuma chama, nenhum aparelho eléctrico é permitido; um sistema de alarme de alto desempenho está em vigor; e supervisão muito estrita de todas as pessoas permitidas lá. Acho que acabaremos por descobrir que isto foi um incêndio criminoso”.
6) Então, com todas essas medidas de segurança, para haver uma chama no telhado da Notre-Dame, alguém teve que a acender.
ISIS alerta sobre um futuro ataque à Notre Dame em mais um poster on-line representando a Catedral em chamas.
Um grupo de media jihadista publicou a imagem acompanhada de um aviso: "Esperem pelo próximo".
Investigadores de Paris acreditam que o incêndio de Notre Dame foi um acidente, não um ataque. Mas os extremistas do ISIS reivindicaram o ataque a um símbolo da cultura ocidental.
Por Tim Stickings Para Mailonline, 17 de abril de 2019
Jihadistas ligados ao ISIS compartilharam uma imagem ameaçadora de Notre Dame em chamas mais uma vez, alertando: "Esperem pelo próximo".
O grupo de media extremista publicou o gráfico mostrando chamas em frente aos campanários da Catedral de Paris que sobreviveram ao incêndio de segunda-feira.
Não há indicação de que o incêndio esteja ligado ao terror, mas os fanáticos do Estado Islâmico reivindicaram o ataque contra o monumento de 850 anos, um símbolo da civilização ocidental, poucos dias antes da Páscoa.
A imagem mais recente, revelada pelo grupo de monitorização do terrorismo SITE, sugere um possível ataque deliberado por militantes alinhados com o ISIS no futuro.
O incêndio da Notre Dame na noite de segunda-feira
Ameaça: Um grupo jihadista alinhado com o ISIS publicou esta imagem de propaganda (à esquerda) mostrando a Notre Dame em chamas, depois de a Catedral ter sido devastada por um incêndio na noite de segunda-feira.
Enquanto o incêndio lavrava na noite de segunda-feira, o Al-Muntasir publicava um cartaz da catedral em chamas acompanhado das palavras: "Tenha um bom dia".
O Al-Munatsir já compartilhou propaganda regozijo em ataques terroristas que abalaram a França
Este poster criado pelo grupo de media Al-Muntasir - uma ala de propaganda filiada ao ISIS - apareceu online na noite de segunda-feira.
O escritório do promotor de Paris disse que estava a tratar o incêndio como um acidente, descartando o incêndio criminoso e possíveis motivos relacionados ao terror, pelo menos por enquanto.
A Notre Dame tinha anteriormente sido local de um quase ataque terrorista em 2016, quando um carro carregando sete botijas de gás foi encontrado perto da catedral.
Este ataque não chegou a concretizar-se, mas em 2017 o muçulmano Farid Ikken atacou fiéis à martelada na Notre Dame. Possuía em seu poder fotos material de propaganda do ISIS.
Três mulheres foram presas devido à alegada conspiração terrorista, embora se pensasse que elas iam atacar uma estação de metro de Paris em vez da própria Catedral.
Cinquenta investigadores estão agora a trabalhar numa investigação "longa" e "complexa" sobre a causa, disse aos repórteres o promotor de Paris, Remy Heitz.
Uma autoridade judicial de Paris disse que os investigadores interrogaram cerca de 30 pessoas após o incêndio na Catedral de Notre Dame.
Ele disse que a maioria são funcionários que trabalhavam na reforma do monumento, incluindo a torre que agora se desmoronou.
Até 50 investigadores estão a trabalhar no caso, mas não estão autorizados a entrar na Catedral ainda por razões de segurança, disse ele.
A tragédia provocou uma onda de apoio internacional, com a Rainha dizendo que estava "profundamente entristecida" e o Papa Francisco ofereceu as suas orações.
(...)
Um dos objectos mais preciosos da catedral, uma relíquia, supostamente a coroa de espinhos usada por Jesus Cristo na cruz, foi levada para uma instalação segura.
Jean-Marc Fournier, capelão da Brigada de Incêndios de Paris, foi aclamado como um herói depois que se juntou aos bombeiros na Catedral em chamas para resgatar a relíquia sagrada.
Ele também ajudou os feridos após o ataque terrorista do Bataclan em Paris em Novembro de 2015.
As três Janelas de Rosas "insubstituíveis" da Notre Dame, que datam do século XIII e se temia terem derretido ou explodido, também estavam intactas.
O padre Fournier também sobreviveu a uma emboscada no Afeganistão, na qual 10 soldados foram mortos durante o seu tempo como capelão do Exército.
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