terça-feira, 28 de maio de 2019

Eleições europeias: Trump e a nova era política


A nova direita está a bater a nova esquerda. Em toda parte.

Na verdade é a velha esquerda, Estalinista, colectivista, Hitlerista, Maoísta, anti-Humaninade, anti-realidade. Uma nova era política Trumpiana chegou.
    Salvani na Itália, La Pen na França e o Brexit Party no Reino Unido. Nigel Farage vence. Atirem esses milkshakes. Os globalistas já perceberam? As pessoas falaram. O presidente Donald Trump mudou o mundo. Uma presidência histórica em apenas 2 anos.

    - Carmine Sabia (@CarmineSabia) 27 de Maio de 2019


    A nova direita está a bater a nova esquerda. Em toda parte.

 

    Da Austrália à Europa, multiplicam-se os sinais de que o populismo conservador está em ascensão.

    Por Tyler Cowen, Bloomberg, 20 de Maio de 2019:

    A alvorada de uma nova era política?

    Às vezes, revoluções políticas ocorrem diante dos nossos olhos sem que nos apercebamos disso. Acho que isso tem acontecido nas últimas semanas em todo o mundo, e a mensagem é clara: a "Nova Direita" populista não vai desaparecer tão cedo, e a ascensão da "Nova Esquerda" é exagerada.


    Comecemos com a Austrália, onde o primeiro-ministro Scott Morrison obteve uma surpreendente vitória na semana passada. Antes da eleição, as pesquisas indicavam quase unanimemente que a sua Coligação Nacional Liberal teria que renunciar, mas os eleitores foram de outra opinião. Com o apoio de Morrison, um cristão evangélico que expressou apoio ao presidente Donald Trump, os australianos também mostraram uma relativa falta de interesse em fazer mais sobre as mudanças climáticas. E este resultado não é por acaso: Devido ao voto compulsório, a maioria dos australianos vota nas eleições.

    Ou que tal o Reino Unido? Aumentam as indicações de que o Partido Brexit se vai sair muito bem nas eleições do Parlamento Europeu. Neste momento, o partido, que não existia até recentemente, lidera as sondagens nacionais, com um apoio estimado de 34%. Os Conservadores, o actual partido no poder, estão em apenas 12%. Assim, a dura opção Brexit não será descartada, e a ala direita da política britânica parece estar a afastar-se do centro.

    Quanto ao Parlamento Europeu como um todo, segundo algumas estimativas após as eleições desta semana, 35% da câmara será preenchida por partidos anti-establishment, embora de natureza diversa. Temos que nos perguntar a partir de que ponto a União Europeia se tornará impraticável ou perderá a legitimidade por completo.
Nos EUA, as sondagens mostram Joe Biden como o favorito para candidato presidencial democrata. Ele é um dos candidatos mais conservadores do partido, e talvez alguns eleitores primários valorizem a sua elegibilidade e valores mais tradicionais, sobre as ideias mais esquerdistas de Bernie Sanders e Elizabeth Warren. Esse é um sinal de que a "esquerda dura" não está em ascensão na estratégia dos EUA. É difícil dizer para já se será assim, mas tudo indica que o partido democrata está a optar pelas ideias e políticas de Trump, e não pelas dos intelectuais democratas.
Enquanto isso, a economia dos EUA permanece forte e as chances de reeleição de Trump aumentam nos mercados de previsões.

    Um factor pouco notado em tudo isto tem sido a crescente percepção da China como uma ameaça aos interesses ocidentais. O público americano está muito ciente de que os EUA estão agora numa guerra comercial com a China, um conflito que provavelmente provocará um aumento no nacionalismo. Esse é um sentimento que historicamente não tem sido muito útil para os movimentos de esquerda. A China tem sido um foco da política de Trump desde há anos, e ele parece satisfeito em tê-la agora no centro das atenções.
    O Partido Democrata não está bem posicionado para fazer da China uma questão central. Os democratas têm criticado as políticas de Trump já há algum tempo, e pode ser difícil para eles ajustarem a sua mensagem de que "tarifar é mau" para "tarifar a China é bom". A Trans Pacific Partnership, que poderia ter servido como uma espécie de política comercial alternativa da China, também complica as coisas. O resultado líquido é que os republicanos provavelmente serão capazes de usar a questão da China a seu favor nos próximos anos.

    Em outros lugares, a maior democracia do mundo acabou de encerrar uma longa eleição. Os resultados na Índia ainda não são conhecidos, mas pesquisas de boca-de-urna mostram que a coligação dominante do primeiro-ministro Narendra Modi - e a sua filosofia do nacionalismo hindu - continuarão a ser uma grande influência.
(...) Nas últimas semanas, vi muitas evidências de que uma nova era política já chegou.

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