sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

O Homem Mais Interessante do Mundo é judeu


Uma das "acusações" mais frequentes feitas aos judeus é a de que eles são feios. O que, na óptica dos anti-semitas, justifica tudo quanto se lhes possa fazer de mal.
Ainda recentemente, o presidente da Malásia (um paraíso islâmico onde vigora a linda lei sharia), o senhor Presidente Mahathir Mohamad, proibiu os atletas israelitas de entrarem no país para os Mundiais de Natação, baseado principalmente em duas pertinentes asserções, a saber:
1) "Apenas morreram 4 milhões de judeus no Holocausto".
2) "Os judeus têm o nariz encurvado".

O senhor  Mahathir Mohamad e o seu impecável nariz islâmico.


Não é do nosso feitio arranjarmos polémicas estéreis, mas, apenas em nome do salutar discorrer filosófico, gostaríamos de deixar à vossa apreciação o facto de que, entre muitas outras pessoas de ambos os sexos que poderíamos enumerar, O Homem Mais Interessante do Mundo... é judeu!
Para sermos mais precisos, o actor Jonathan Goldsmith, que interpreta O Homem Mais Interessante do Mundo, é judeu.


 Jonathan Goldsmith e o seu horrendo nariz judaico.

Caso não esteja a par destas coisas, esclarecemos que O Homem Mais Interessante do Mundo foi uma campanha publicitária para a cerveja Dos Equis. Os anúncios mostravam um cavalheiro barbudo e elegante com narrativas humorísticas e politicamente incorrectas:


A campanha teve tanto êxito que a Internet celebrizou a personagem com os famosos "memes", imagens acompanhadas de comentários espirituosos, como esta:

"Nem sempre faço anúncios... Mas quando faço, transformam-se em 'memes'". 


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 O Homem Mais Interessante do Mundo entre admiradoras.



O senhor Presidente Mahathir Mohamad entre admiradoras.


O senhor Presidente Mahatir Mohamad também merecia alguns "memes", e se calhar não os tem apenas por causa da islamofobia.
A foto acima, por exemplo,  era digna de:
"NEM SEMPRE TENTO IMITAR O HOMEM MAIS INTERESSANTE DO MUNDO, MAS QUANDO O FAÇO, RODEIO-ME DE LENÇÓIS SORRIDENTES"!

2 comentários:

  1. Amigo queria que vc me ajudasse a tirar umas duvidas sobre Israel.

    Eu tava dicutindo com um Ancap ante-sionista me disse que apenas a Direita Americana e Brasileira que apoia Israel, que existem muitos Judeus que são contra esse pais e que até 1977 quem mandava no Estado Israelense era a esquerda.

    Isso tudo é Verdade??

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    1. Olá amigo,

      Não somos especialistas em Israel, apenas amigos de Israel, mas dentro dos nosso conhecimentos, vamos tentar responder.

      De facto, o moderno Estado de Israel começou com uma Constituição socialista, como o meu Portugal a seguir à Revolução de 1974. A pouco e pouco, Israel foi deixando a via socialista e tornou-se um país economicamente viável, ou seja, capitalista, como todo o Mundo Livre. Os soviéticos, que eram apoiantes de Israel, pois viam nesse país mais um no extenso rol de países do Bloco Socialista, nunca perdoaram esse passo de Israel, e construíram imediatamente a narrativa absurda da "Palestina Árabe", que jamais existiu!

      A Direita norte-americana apoia Israel em grande parte por motivos religiosos, por afinidade do Cristianismo com o Judaísmo. Os cristãos sionistas amam Israel e reconhecem o direito de os judeus viverem livres e independentes na sua Terra (que, aliás, acreditam que lhes foi dada por Deus, para além de todas as legitimidades históricas e políticas que assistem ao Estado Judeu).

      Os judeus que são contra Israel são uma franja insignificante, os mais conhecidos talvez sejam os Neturei Karta. São 100 bizarros ultra-ortodoxos, que defendem que apenas o Messias pode restabelecer o Estado de Israel independente. Podem ser apenas 100, e foram excomungados, mas os anti-semitas usam-nos até à exaustão como cartaz de propaganda.

      Sobre a Esquerda norte-americana, 75% dos judeus norte-americanos votam no Partido Democrata e são não religiosos ou reformistas, não se ralando com Israel, que é para eles apenas mais uma dor de cabeça, a juntar às que sentem por serem judeus.

      Paradoxalmente, é a herança judaica deles que os leva a serem de esquerda, a serem pelas fronteiras abertas, a serem pelo assitencialismo, e por todas as patetices e ingenuidades esquerdistas. Eles pensam assim: "Se os meus antepassados foram perseguidos pelos nazis, então eu não tenho o direito de parecer 'áspero' ou de correr o risco de desagradar, por exemplo, aos estrangeiros que insistem em entrar clandestinamente nos EUA". É o "bonzinhismo" esquerdista potenciado pelos complexos de serem judeus, achando-se eternamente em dívida para com toda a gente que tem a incomensurável generosidade de não os meter numa câmara de gás. Mais uma prova de que os judeus são apenas pessoas como as outras, diferentes entre si como as outras, vulneráveis a equívocos como as outras.

      Abraço,

      J.O.

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